A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) realizou na manhã desta terça-feira (15) mais uma ação contra o crime organizado resultado na prisão de dois policiais militares envolvidos num duplo homicídio ocorrido em 31 de dezembro de 2008 em Extremoz. Os militares são investigados em outros crimes. Com essa prisão, sobe para cinco o número de policiais presos em uma semana acusados de envolvimento em crimes. O secretário Cristóvam Praxedes disse que o combate a grupos de extermínio e maus policiais é “permanente”. “Essa não é primeira e não será a última prisão. Esse trabalho é contínuo”, garantiu.
A prisão faz parte de uma série de investigações de crime de execução realizada por uma comissão de delegados da Polícia Civil. O diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado, Ronaldo Gomes, explicou que há alguns dias conseguiu obter através de uma testemunha o depoimento detalhado das mortes do guia turístico Amaury José da Silva Nascimento, 31 anos, e da dona-de-casa Dione Tomaz da Penha, a “Pretinha”, 20 anos.
Ambas as vítimas, segundo a testemunha ocular, foram capturadas em casa, no Loteamento Dom Pedro I, no Pajuçara, e sob ameaça de arma de fogo foram exibidas na rua para indicar as casados dos traficantes. A polícia acredita que os soldados da PM presos nesta terça-feira, Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes e Rafael de Souza, extorquiam traficantes e que as vítimas eram usuárias de drogas.
De posse do depoimento da testemunha e de outros indícios, os delegados solicitaram à Justiça a expedição dos mandados de prisão temporária. Rafael de Souza já estava preso acusado de tentativa de homicídio e de agressão contra mulher. Os policiais do Deicor e do Batalhão de Choque (BPChoque) cumpriram o mandado de prisão de Rafael no quartel. Já Rosilvado (foto ao lado), foi preso em casa, no Loteamento Novo Horizonte, na Zona Norte de Natal.
A Deicor disponibiliza o telefone 3232-2862 para receber denúncias sobre pistas de crimes de homicídio com característica de execução. Os dois PMs presos vão permanecer detidos na carceragem do Bope a disposição da Justiça.

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