23 de abril de 2025

RENATO DUQUE É CONDENADO A 29 ANOS POR FRAUDAR MEIO BI NA PETROBRAS

Após diversos retrocessos no combate à corrupção no Brasil com descondenações remanescentes da Operação Lava Jato, a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba atendeu ao Ministério Público Federal (MPF) e condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, a mais de 29 anos de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo fraude a contratos de R$ 525 milhões com a estatal.

 

A sentença também condena o empreiteiro Luis Alfeu Alves de Mendonça, ex-diretor da Multitek Engenharia, por pagar mais de R$ 5,6 milhões em propinas para Duque, pelos contratos e aditivos entre a empresa e a petroleira, entre 2011 e 2012, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

A denúncia foi oferecida em julho de 2020, citando o esquema de favorecimento da Multitek em licitações e contratos com a estatal, em troca de pagamento ilegal pelo direcionamento de decisões dentro da petroleira para obter vantagens para a empresa em três contratos e aditivos.

 

“Ambos dissimularam a origem dos valores se utilizando dos serviços de dois irmãos, proprietários de uma empresa envolvida no esquema, que celebraram contratos ideologicamente falsos, adquiriram obras de arte e custearam reformas imobiliárias. Os irmãos revelaram o esquema criminoso em acordo de colaboração celebrado com o MPF”, detalhou a assessoria de comunicação do MPF no Paraná.

 

Em agosto do ano passado, Renato Duque foi preso pela Polícia Federal em Volta Redonda (RJ), após diversas condenações em processos da Operação Lava Jato, que já somavam 39 anos de prisão, e já ultrapassam 68 anos de cana, com esta mais recente sentença.

 

Duque chegou a ficar preso preventivamente por cerca de cinco anos, entre 2015 e 2020, antes de ser autorizado a responder por seus processos em liberdade.

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