O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, Cristiano Zanin, afirmou nesta segunda-feira (30), em Curitiba, que o
petista não é obrigado a aceitar a progressão para o regime semiaberto, que foi
solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) na sexta-feira (27).
“O
ex-presidente Lula hoje reafirmou a sua posição de que não aceita nenhuma
barganha em relação a sua liberdade”, diz o advogado.
De acordo com Zanin, é direito do ex-presidente não
aceitar a progressão de regime. "O estado não pode impor ao jurisdicionado
nenhum tipo de condição”, afirma.
Para o advogado, a decisão do ex-presidente não
representa um descumprimento de determinação judicial. Segundo ele, Lula não
aceita qualquer condição imposta pelo estado porque não reconhece a
legitimidade do processo que o condenou.
“O ex-presidente Lula não reconhece a legitimidade
do processo e da condenação que foi imposta a ele pelo ex-juiz Sérgio Moro e
que depois foi analisada em parte pelas instâncias superiores, a partir de
elementos coletados a partir da condução do ex-juiz Sérgio Moro”, afirmou o
advogado.
Lula também escreveu uma carta nesta segunda. No
texto, ex-presidente afirma: "não descansarei enquanto a verdade e a
Justiça não voltarem a prevalecer". Em outro trecho, ele diz: "não
troco minha dignidade pela minha liberdade."
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