A defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva apresentou, nesta segunda-feira (7), as alegações finais
no processo da Operação Lava Jato que apura se ele recebeu propina por meio da reforma de um
sítio em Atibaia (SP). Os advogados pedem a absolvição por
"insuficiência de provas" e "atipicidade das condutas" do
processo.
A acusação do MPF é
de que Lula ajudou empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da
Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e
Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre
empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.
A defesa disse ainda
que, caso o pedido pela nulidade do procedimento ou absolvição de Lula sejam
ignoradas, a Justiça deve considerar a "prescrição da pretensão
punitiva".
Os advogados sustentam
que a acusação de corrupção passiva atribuída a Lula é pela nomeação Renato
Duque e Paulo Roberto Costa, o que ocorreu em 2004 – já a denúncia foi recebida
apenas em 2017. Para a defesa, pelo fato de Lula ter mais de 70 anos, o crime
deveria prescrever em dez anos.
A defesa afirmou ainda
que, mesmo que "se conclua que a saudosa esposa [Marisa Letícia] do
defendente tinha conhecimento e domínio das reformas realizadas no sítio, não
há, reitere-se, qualquer elemento que permita inferir que a sua suposta atuação
se deu como intermediária ou com a ciência do defendente".
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