A ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP)
Dárcy Vera (sem partido) foi condenada em primeira instância a 18 anos e nove
meses de prisão no esquema que desviou R$ 45 milhões dos cofres públicos,
a partir do pagamento indevido de honorários advocatícios à ex-advogada do Sindicato dos Servidores
Municipais Maria Zuely Librandi no chamado "Acordo dos 28%".
Na setença publicada na manhã desta quarta-feira (5), o
juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira determinou que Dárcy fique presa até
julgamento em segunda instância e que imóveis dela em Ribeirão sejam bloqueados
para ressarcimento do dano.
Dárcy está na penitenciária em Tremembé (SP) desde maio do ano passado. A ex-prefeita
também não poderá concorrer a cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação,
pelo prazo de cinco anos.
Acusado de fraudar os cálculos para que Maria Zuely
recebesse o valor indevido, o ex-secretário de Administração Marco Antônio dos Santos foi condenado a 18
anos, nove meses de reclusão.
Considerada pelo juiz como "personagem central deste esquema de desvio
de recursos", Maria Zuely foi sentenciada a 14 anos e oito meses de
prisão.
A mesma pena foi aplicada ao ex-advogado do Sindicato dos Servidores
Sandro Rovani e ao advogado André Hentz, que representou Maria Zuely em ação
contra a Prefeitura.
Como respondeu ao processo em liberdade, Hentz poderá
recorrer da pena solto, mas não poderá se ausentar do município por mais de
oito dias e deverá se apresentar à Justiça mensalmente.
"Após eventual confirmação da sentença
condenatória em segunda instância, com esgotamento da instância, expeça-se
mandado de prisão", diz o juiz na sentença.
O ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais Wagner Rodrigues, delator no esquema, foi
condenado a 11 anos de prisão em regime aberto. Ele também perdeu o cargo junto
à Prefeitura.
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