Uma nova testemunha prestou depoimento no inquérito que apura se um
decreto presidencial beneficiou empresas do setor de portos, em troca de
propina. Essa testemunha contou que o Coronel Lima, amigo de Michel
Temer, recebeu propina em um contrato no Aeroporto de Brasília.
O depoimento foi na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, no dia 13 de julho.
O empresário Marcelo Castanho, dono da Alumi, uma empresa de
publicidade, foi ouvido pelo delegado Cleyber Malta Lopes, responsável
pelo inquérito que apura se empresas do setor portuário pagaram propina
em troca de um decreto do presidente Michel Temer, no ano passado.
Castanho afirmou à PF que na negociação para explorar a área do
Aeroporto de Brasília com publicidade, em 2014, pagou R$ 1 milhão a uma
empresa do coronel João Batista Lima Filho, ex-assessor e amigo de Temer
há mais de 30 anos.
No depoimento, Castanho explicou que fez uma parceria com o empresário
Rodrigo Castro Neves, porque ele era próximo de José Antunes Sobrinho,
na época presidente da Inframerica - responsável pelo aeroporto.
Ele contou que "quando tudo já estava acertado, em setembro de 2014",
Rodrigo Neves comunicou que havia uma mudança no pagamento. Disse ainda
que R$ 1 milhão deveriam ser pagos para a Argeplan, de acordo com
orientação do próprio presidente da Inframerica.
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