O deputado federal Fábio Faria (PSD) criticou a prefeita de Mossoró,
Rosalba Ciarlini (PP), por indicar o publicitário Kadu Ciarlini, seu
filho, para ser candidato a vice-governador na chapa de Carlos Eduardo
Alves (PDT). De acordo com o parlamentar, a ex-governadora não ouviu o
“sentimento da população” ao fazer a escolha.
“Eles estão vivendo
dentro de uma bolha. Não saíram de casa para analisar isso. Não tenho
nada contra Kadu Ciarlini, mas ele não tem experiência política alguma.
Ela [Rosalba] mostra que não quer ganhar a eleição”, afirmou o deputado.
Na opinião de
Fábio, além disso, Rosalba manifesta uma contradição ao se aliar a DEM,
MDB e PDT, partidos que, em 2014, preferiram endossar a candidatura de
Henrique Alves ao Governo do Estado em vez da reeleição da então
governadora.
“A ex-governadora não foi candidata à reeleição
porque o senador José Agripino [presidente estadual do DEM, partido ao
qual Rosalba era filiada em 2014] não deu legenda a ela e preferiu
apoiar Henrique. A informação que se tinha é que ela ficaria [na próxima
eleição] com qualquer pessoa, menos com Henrique e Agripino. Isso
[aliança] faz com que a população tenha descrédito com nós, políticos”,
destacou Fábio.
O filho do governador Robinson Faria (PSD)
registrou ainda que a nova união entre as famílias Rosado [de Rosalba],
Alves [de Carlos Eduardo e Henrique] e Maia [de José Agripino] indigna a
população. “São 70 anos de oligarquia. E, agora, mais uma vez, ela tira
o filho de dentro de casa para colocar como vice-governador”,
completou.
Em relação à candidatura do pai à reeleição, Fábio
Faria, um dos principais articuladores da pré-campanha de Robinson,
frisou que o PSD já conta com o apoio de dez partidos: PSDB, PR, PRB,
PTB, Pros, PPS, Avante, PRP, PMN e PMB.
O candidato a
vice-governador, segundo o deputado, sairá de uma dessas legendas. “Não
vai ser um nome saído da cozinha da casa do governador. Não iremos dar
um emprego de vice. Temos que ter responsabilidade com o Rio Grande do
Norte”, finalizou o deputado.
Já para o Senado, apenas um nome
será apresentado, apesar de duas vagas estarem em disputa no próximo
pleito: o de Geraldo Melo (PSDB). “Se analisarmos as últimas campanhas,
normalmente só sai um candidato a senador forte. Sempre se elegeu um
senador de um lado; e outro, de outro. As chapas, para isso, colocavam
um candidato a senador laranja, para cumprir tabela. Optamos por não
fazer isso, até porque a população está muito atenta”, acrescenta Fábio.
A
convenção do PSD que vai confirmar a candidatura de Robinson e a
aliança com os demais partidos será realizada no dia 29 de julho,
próximo domingo.
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