A mulher que foi presa em Itabuna, no sul da Bahia, suspeita de matar dois namorados envenenados,
no período de oito meses, teria dado chumbinho a um deles dentro de um
hospital quando ficou sabendo que a vítima teria alta médica depois de
ser intoxicado pela primeira vez por ela.
De acordo com a polícia, Wane Brenda Oliveira utilizou chumbinho para
matar dois parceiros assim que descobriu que eles tinham intenção de
terminar o relacionamento com ela. As investigações apontam que as
vítimas namoraram com Wane em 2017. A mulher negou os crimes, mas foi
levada para o presídio da cidade.
Uma das vítimas foi Evandro Bonfim de Souza, de 40 anos. Ele foi o segundo a ser morto envenenado por Wane.
Após ser envenenado pela primeira vez por ela, Evandro ficou internado
por cerca de nove dias e e quando deveria receber alta médica, teve uma
parada cardíaca. Brenda, segundo a polícia, esteve o tempo todo o
acompanhando na unidade médica e por isso foi levantada a suspeita de
que ele tenha sido envenenado pela segunda vez.
"O médico realmente suspeitou contando com o resíduo gástrico, o
retorno que veio da sonda nasogástrica. Realmente, estava um aspecto
parecendo chumbinho. E quando subiu para o CTI, depois de alguns dias,
eu insisti em fazer um [exame] toxicológico de urina. Então eu queria
que realmente fosse desvendado mesmo. E a suspeita veio dela, porque da
primeira vez ele estava com ela e da segunda vez ela estava com ele. É
uma pessoa má, perversa", disse a irmã de Evandro, Eumara Bonfim.
Nos dois casos, Wane Brenda socorreu as vítimas até uma unidade de
saúde, após o veneno fazer efeito, mas em seguida, os dois namorados
morreram.
Segundo a polícia, o primeiro a ser morto foi Edvaldo Araújo Alves, 40,
que namorou com a suspeita por um ano. No dia 16 de abril de 2017,
Edvaldo passou mal na casa da namorada e foi socorrido por ela para o
Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época do crime, a morte foi
atribuída a um infarto fulminante.
Segundo a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios
(DH) de Itabuna e responsável pelas investigações, a versão de Wane não
convenceu a família da vítima que alegava ter conhecimento de que ele
estava insatisfeito com o relacionamento.
A polícia não detalhou o período exato, mas disse que meses depois da
morte de Edvaldo, Wane Brenda estava em um novo relacionamento com
Evandro Bonfim de Souza, também de 40 anos.
Edvaldo sentiu-se mal após ingerir um medicamento dado pela namorada.
Ele também foi levado pela suspeita a um hospital, onde o médico que o
atendeu informou que os sintomas apresentados com ele se assemelhavam
aos mesmos por envenenamento por chumbinho.
Fonte: G1/BA.
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