Após uma reunião de mais de seis horas
com representantes de entidades de caminhoneiros, os ministros Eliseu
Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo
Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes) anunciaram na noite
desta quinta-feira (24) a proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria, que há quatro dias provoca bloqueios de rodovias e desabastecimento em todo o país.
Pelo texto do acordo, os representantes das entidades de caminhoneiros
que ficaram até o final da reunião se comprometeram (à exceção de um) a
"apresentar aos manifestantes" os termos do acordo.
Questionado se, com o anúncio, haverá normalização da situação, Padilha
disse acreditar que a “qualquer momento” o movimento dos caminhoneiros
começará a ser “desativado”.
O ministro prevê que, até segunda-feira, estará normalizada a situação
nas rodovias. “Se nós começarmos hoje [quinta, 24], como imagino que vá
acontecer, possivelmente nós deveremos ter um fim de semana, quem sabe
até segunda-feira, todos os pontos normalizados”, declarou.
Ele mencionou a dificuldade para a entrega de medicamentos a hospitais e
de produtos aos supermercados e fez um apelo aos manifestantes: “Nós
precisamos que todos vocês, caminhoneiros, retomem a atividade. O Brasil
precisa de vocês”, afirmou.
O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos
(CNTA), Diumar Bueno, disse que vai repassar à categoria o acordo
firmado com o governo para definir o fim da greve. “A categoria vai
analisar, e o entendimento é deles, se isso foi suficiente para eles ou
não”, declarou. Ele também disse que não pode “dimensionar” quanto tempo levará para o
movimento ser desmobilizado. “Acho que os caminhoneiros vão ter a
responsabilidade, ter o entendimento do que foi conquistado para eles e
começar uma desmobilização de forma pausada, organizada, sem correria.
Não posso precisar quanto tempo vai levar. Acho que deveria encerrar a
partir desta sexta-feira, (25) de manhã”, afirmou.
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