"Pode ser que haja pessoas recebendo sem trabalhar. A Câmara tem o controle de quem são os servidores. Quem vem e quem não vem (trabalhar), não tem como saber". A declaração é do presidente do Poder Legislativo de Natal, vereador Ney Lopes Júnior (PSD). Nesta terça-feira (5), uma portaria da mesa-diretora exonerou todos os assessores parlamentares - exceto os dos gabinetes dos vereadores.
Ney Lopes reconheceu que o Poder Legislativo não tem controle de quem vai trabalhar ou não e considerou que esse pode ser um dos motivos do 'inchaço' nas contas. Foi constatado um déficit de R$ 2 milhões no orçamento da casa para 2017. "Nós não podemos ter uma casa inchada sem saber quais funcionários estão nela. Serão todos identificados", declarou.
Em nota enviada após a exoneração coletiva, a Câmara Municipal de Natal informou que o objetivo dela é a realização de uma readequação orçamentária. A atual presidência do Legislativo teria constatado o rombo de R$ 2 milhões no orçamento para manutenção geral da instituição.
"Neste momento de crise nacional e em razão da realidade orçamentária constatada e para assegurar a honradez dos vencimentos dos servidores tornou-se necessária uma readequação financeira do quadro funcional", informou.
O texto não citou a possibilidade da existência de servidores fantasmas. Nem a assessoria de imprensa, nem o próprio vereador Ney Lopes Júnior souberam informar a quantidade de servidores exonerados e o impacto financeiro das demissões.
A exoneração coletiva publicada nesta terça-feira (5) não apresentou a lista de servidores demitidos. Esse tipo de publicação é comum no fim de cada legislatura.
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