O ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, disse ao juiz Sérgio Moro, que determinou um pagamento de R$ 13 milhões, que seria entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ordem de pagamento, segundo Marcelo, foi feita a Branislav Kontic, que é ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, entre 2012 e 2013.
Este foi o primeiro depoimento de Odebrecht na Operação Lava Jato depois da assinatura do acordo de delação premiada. Ele também confirmou ao juiz que o codinome “amigo” das planilhas da propina da empreiteira se referia-se ao ex-presidente Luiz Inácio.
Marcelo Odebrecht é réu no processo que investiga se o ex-ministro Antônio Palocci recebeu propina para favorecer a empreiteira. Ele também disse no depoimento que “italiano” era Palocci e “pós-itália”, o ex-ministro Guido Mantega. O conteúdo dos interrogatórios, assim como as delações, está sob sigilo.
O réu também citou uma doação ao Instituto Lula, em 2014, e a compra de um terreno que seria usado como sede do instituto. A obra acabou não realizada.
O ex-presidente do Grupo Odebrecht afirmou também que Palocci intermediava pagamentos e assuntos de interesse da empresa com o PT.
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