22 de dezembro de 2016

EX-DIRETOR DO IDEMA CUMPRE PENA COM TORNOZELEIRA ELETRÔNICA NO RN

O advogado e ex-diretor administrativo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) Gutson Reinaldo já usa tornozeleira eletrônica para monitoramento durante a prisão domiciliar. Ele foi liberado após assinar termo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal e com o Ministério Público Estadual se comprometendo a delatar outras pessoas envolvidas em fraudes ocorridas no próprio Idema e na Assembleia Legislativa, inclusive "políticos que tenham praticado ilícitos".
 
 
 
 
Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo é apontado pelo MP como líder do esquema descoberto no Idema (Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte)
 
 
 
 
Flaviano Gama, advogado de Rita das Mercês, que é mãe de Gutson e ex-procuradora da Assembleia Legislativa potiguar, contou como ela recebeu a notícia da delação premiada do filho. “Preocupada, em razão de saber das doenças psicológicas que o filho tem e implicações que ele pode trazer pessoas até inocentes para um processo desse tipo” afirmou. Rita também foi presa em agosto de 2015, suspeita de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do legislativo.
 
 
 
 
 
No acordo, gutson se compromete a delatar outros envolvidos nos esquemas de corrupção das operações Candeeiro e Dama de Espadas, que envolve servidores e ex-funcionários da Assembleia Legislativa, do Idema e políticos. Juntos, os dois esquemas teriam desviados mais de R$ 40 milhões dos cofes públicos. Em troca da delação, o ex-diretor do Idema deve ter a pena dele reduzida pela metade, além de passar a cumprir prisão domiciliar, o que já está sendo feito.
 
 
 
 
 
Gutson recebeu o direito da prisão domiciliar a partir de uma decisão da justiça, que levou em conta parecer do Ministério Público depois que a defesa do réu alegou que ele tem problemas psicológicos.
 
 
 
 
 
Em 25 de abril deste ano, Gutson, que era apontado como o cabeça do esquema de desvios no Idema, foi condenado a 17 anos e um mês de reclusão em regime fechado pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de ter que restituir R$ 13.790.100,60 aos cofres públicos.
 
 
 
 
 
Ele foi condenado ainda a perda de 17 bens que inclui uma casa na praia de Cotovelo, apartamentos em prédios no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, e uma casa no condomínio Bosque das Palmeiras, em Parnamirim. Outras dez pessoas também foram condenadas nesse processo, que já tem uma deleção premiada homologada: a de Clebson José Bezerril, ex-diretor financeiro do Idema.
 
 
 
 
O caso corre em segredo de justiça e o MP não pode se pronunciar sobre o assunto. A colaboração premiada ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
 



 

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