22 de novembro de 2016

CABRAL SE DIZ INDIGNADO E AFIRMA À PF TER A 'CONSCIÊNCIA TRANQUILA'

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse ter "a consciência tranquila quanto às mentiras absurdas que lhe foram imputadas e que acredita na Justiça", em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), protocolado nesta segunda-feira (21), na Justiça Federal do Paraná.
  
 
 
À PF, ele se disse indignado com a situação, alegou desconhecer qualquer pedido de propina a empreiteiras e ressaltou que "sua política foi voltada para o crescimento econômico do Estado [do Rio de Janeiro]".
 
 
 
Também negou, sempre que questionado, relação criminosa com investigados na Operação Lava Jato.
 
 
 
O ex-governador informou aos investigadores que "jamais adotou medidas para intervir nas decisões da Petrobras" e que sequer tinha informações sobre licitações e contratos da estatal.
 
 
 
Ele disse apenas que sabia de reuniões entre a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), a Secretaria de Meio Ambiente e diretores da Petrobras, para tratar das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
 
 
 
"(...) os assuntos relacionados a Petrobras eram sempre corporativos e em defesa do Estado do Rio de Janeiro", diz um trecho do depoimento.
 
 
 
Sobre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator já condenado na Operação Lava Jato, Cabral afirmou que o conheceu, mas que só tratou com ele de forma institucional, junto com o vice-governador. O político também negou que tenha mantido relação de amizade com Costa.
 
 
 
O ex-governador negou intervenções para beneficiar a empresa Delta Construções, responsável pela obra de reforma do Maracanã, em troca de propina - como consta na denúncia contra ele.
 
 
 
Cabral foi preso na quinta-feira (17), na zona sul do Rio de Janeiro, durante a 37ª fase da Operação Lava Jato, sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar contratos públicos.

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