12 de setembro de 2016

SUPOSTO PLANO DE EX-VEREADOR PARA ASSASSINAR JUÍZA EM MT É INVESTIGADO

Juíza Selma Arruda, responsável por conduzir as audiências da Operação Sodoma (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)


A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, investiga há mais de dois meses um suposto plano elaborado pelo ex-vereador e advogado João Emanuel para matar a juíza Selma Rosane Santos de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Segundo o chefe da GCCO, delegado Flávio Stringueta, as investigações tiveram início após a própria magistrada procurar a polícia para apurar se a suposta ameaça de morte era verdadeira.  João Emanuel está em prisão domiciliar desde o dia 26 de agosto, quando foi deflagrada operação “Castelo de Areia”, que investiga crimes de estelionato praticados por uma organização criminosa, com participação do ex-vereador. 
 
 
 
Ex-presidente da Câmara, João Emanuel é alvo de investigação. (Foto: Reprodução / TVCA)
Segundo o delegado, o suposto plano contra a juíza foi novamente citado na semana passada, durante um depoimento do presidente do Soy Group, Walter Dias Magalhães, que também foi preso durante a operação da Polícia Civil. No entanto, conforme Stringueta, o depoimento apenas confirma o que já era de conhecimento da GCCO.
 
 
O Walter apenas confirmou o que a gente já sabia. Segundo ele, o plano do João Emanuel para matar a juíza seria porque a Selma [Arruda] estaria atrapalhando os negócios ilícitos da organização”, disse.
 
 
De acordo com Stringueta, a magistrada tomou conhecimento das supostas ameaças de morte contra ela e procurou a GCCO. A informação, à época, era de que João Emanuel (foto) e um cliente para quem ele advoga, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e que teria ligação com uma facção criminosa, estavam cogitando levar as ameaças adiante. Eles, inclusive, contariam com o apoio da facção para concretizar o plano.
 
 
A partir dessa informação, eu conversei com o cliente dele [João Emanuel] para dizer que já sabia da situação e falando para abortar qualquer coisa nesse sentido, porque, do contrário, ia sobrar para ele. Há um mês, eu também conversei com o João Emanuel sobre o fato e dei o mesmo recado. Segundo as informações, João iria pedir o apoio da facção porque tem acesso aos membros dela, por dizer que é advogado deles”, afirmou.
 
 
Segundo o delegado, ambos negaram a existência de qualquer plano ou ameaças de morte à magistrada, no entanto, como o caso voltou a ser citado no depoimento do presidente da Soy Group, continua sendo acompanhado pela Polícia Civil.
 
 
Fonte: G1.

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