13 de maio de 2016

COTADO PARA LÍDER DO GOVERNO INTEGRA 'TROPA DE CHOQUE' DE EDUARDO CUNHA

Principal cotado para assumir a liderança do governo na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) é um dos aliados mais próximos do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo parlamentares do PMDB. Outro nome aventado, mas com menos força, é o do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A escolha caberá ao presidente da República em exercício, Michel Temer.

O líder atua como um porta-voz do Executivo na Câmara e tem a tarefa de negociar com os demais partidos a aprovação de matérias de interesse do Palácio do Planalto.
 
Rodrigo Maia disse que não havia tratado sobre esse assunto com Temer. “É uma escolha pessoal do presidente. Se for essa a escolha dele, será uma honra, mas não tratei disso com ele”, afirmou. Caso fique de fora, Maia disse que trabalhará da mesma forma para ajudar o novo governo. “Eu vou ajudar o governo do Michel em qualquer lugar. Eu quero que o Brasil dê certo”, disse.
 
Vice-líder do PMDB, Leonardo Quintão (MG) vê com bons olhos a eventual indicação de André Moura. “Ele tem o apoio da maior parte dos partidos, alguns até declararam apoio a ele por escrito”, disse. Já o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-MG) confirma que Rodrigo Maia também está no páreo. "Rodrigo Maia é um dos candidatos a líder do governo", disse.

Um dos homens da tropa de choque de Cunha na Câmara, André Moura ganhou uma das sub-relatorias da CPI da Petrobras. Ao lado de outro aliado de Cunha, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que presidiu a CPI, Moura foi quem definiu os nomes dos delatores e investigados na Operação Lava Jato que seriam investigados pela empresa Kroll atrás de contas não declaradas. Nem mesmo os demais integrantes da comissão tinham acesso à lista.
 
O objetivo era tentar buscar contas e bens no exterior não declaradas por delatores em seus depoimentos. Deputados adversários de Cunha comentavam que a real intenção era usar a Kroll, paga com dinheiro da Câmara, para localizar esses bens, o que poderia colocar em xeque a legitimidade dos depoimentos deles. Entre os alvos da Kroll havia justamente delatores que tinham implicado Cunha em negociatas.
 
André Moura foi ainda um dos coadjuvantes da deflagração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. No início de dezembro, logo após Cunha dar início à tramitação do processo, Dilma disse, em um pronunciamento na TV do governo, que não faria barganha com ele.
 
Em resposta, Cunha acusou Dilma de mentir à nação e contou que ela teria chamado o deputado André Moura, emissário de Cunha, para propor que, em troca da aprovação da CPMF, o PT votaria a favor de Cunha no Conselho de Ética. O então chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, rebateu Cunha e disse que Moura não tinha estado com a petista.

Embora não seja integrante do Conselho de Ética, André Moura é um dos maiores articuladores para tentar barrar o processo por quebra de decoro parlamentar enfrentado pelo presidente afastado da Câmara.

Moura foi o autor de uma questão de ordem que chegou a anular uma decisão do colegiado. A anulação, posteriormente, foi cancelada pelo próprio Cunha, após a medida ter uma repercussão negativa e deputados se retirarem do plenário da Câmara, em protesto.
 
Fonte: G1.

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