25 de abril de 2016

EX-SENADOR PRESO NÃO FALOU NADA EM O DEPOIMENTO À PF

O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) ficou em silêncio no interrogatório a que foi submetido pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (25), em Curitiba. O advogado Marcelo Bessa, que acompanhou a oitiva, afirmou que Argello optou por não responder aos questionamentos que seriam feitos, e que não adiantaria a estratégia da defesa.
 
Este foi o primeiro depoimento de Argello à PF desde que foi preso preventivamente, no dia 12 de abril, na 28ª e mais recente fase da Operação Lava Jato. Ele segue preso por tempo indeterminado na Superitendência da PF em Curitiba, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou liminarmente habeas corpus impetrado pela defesa do ex-senador.
  
 
A 28ª fase, deflagrada em 12 de abril e batizada de "Vitória de Pirro", investiga a cobrança de propinas para evitar a convocação de empreiteiros em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre a Petrobras, entre 2014 e 2015.
 
Gim, à época, era membro da CPI no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista (CPMI), da Câmara e do Senado. Ele foi senador entre 2007 e 2015. O nome da operação significa uma vitória obtida a alto custo.
 
Conforme os investigadores, o nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa.
 
O Ministério Público Federal (MPF) diz que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato.
 
Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de travestir propinas em forma de doações aparentemente legais "já existe e há muito tempo".
 
Os investigadores dizem ainda que não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos. As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação "União e Força", pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo DF.

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