13 de novembro de 2015

OPERAÇÃO RESGATA 268 TARTARUGAS EM RR, PRENDE E MULTA DOIS EM R$ 2,6 MI

Quase 270 tartarugas-da-amazônia foram resgatadas na região do Baixo Rio Branco em Caracaraí, no Sul de Roraima, na noite dessa quarta-feira (11), segundo divulgado nesta quinta (12) pelo Parque Nacional do Viruá, unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio). Dois homens foram presos em flagrante, multados em R$ 2,6 milhões pelo tráfico dos animais e conduzidos à Polícia Federal. As tartarugas apreendidas, algumas com até cem anos de idade, foram devolvidas ao habitat natural.

Quase 270 tartarugas foram resgatadas em uma ação conjunta do ICMBio, IBAMA e CIPA e devolvidas ao Rifo Branco (Foto: Arquivo pessoal/CMBio, IBAMA e CIPA)
Os animais foram apreendidos ensacados, sendo transportados em duas embarcações conduzidas pelos traficantes para a cidade de Caracaraí, onde seriam vendidos por R$ 200,00 cada, segundo os fiscais que participaram da ação. O flagrante ocorreu em um local próximo à foz do rio Ajarani, no entorno do Parque Nacional do Viruá.

Recebemos a denúncia de que essa quadrilha estaria agindo na região próxima ao parque, e ativamos imediatamente a operação. O flagrante só foi possível porque agimos à noite, no escuro”, explicou Samuel Rodrigues, técnico do ICMBio. “Quando localizamos os suspeitos,  seguimos até que estivessem no meio do rio, e só então fizemos a abordagem para evitar que eles fugissem”, relatou.


A região possui grandes tabuleiros de desova de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), cujas fêmeas se tornam mais vulneráveis à captura no período reprodutivo, durante a estação seca, quando o nível dos rios baixa e se formam as praias de areia.

Segundo os fiscais, quando elas sobem nas praias para depositarem os ovos, os traficantes as viram de casco para baixo, imobilizando-as para serem recolhidas. Então, são aprisionadas durante vários dias nos chamados 'currais'. “Lá, elas são estocadas amontoadas, sem água nem alimento, até o dia do transporte”, explicou Rodrigues.

Depois de avaliados, os animais foram devolvidos ao habitat natural (Foto: Arquivo pessoal/CMBio, IBAMA e CIPA)

No entanto, o principal método de captura é ainda mais cruel. Segundo ele, a grande maioria é capturada com o uso dos chamados “capa-sacos”, uma espécie de rede de malha grossa, que pode chegar a 400 metros de comprimento.

Eles são estirados de uma margem à outra do rio e ficam abertos para que os animais possam entrar. Há casos em que a gente encontra boto, peixe-boi e outros animais, que muitas vezes acabam morrendo porque não podem subir pra respirar”, destaca.

De acordo com o fiscal do Ibama Carlos Dantas, os dois traficantes presos também tiveram  embarcações e motores náuticos apreendidos. No caso da multa, o valor foi duplicado, porque os animais seriam comercializados. “O valor é de R$ 5 mil por animal e foi duplicado por haver interesse pecuniário, para comércio”, explicou.

 

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