23 de setembro de 2015

CERCA DE 40 MIL BRASILEIROS MORREM VÍTIMAS DE ARMA DE FOGO TODO ANO

untitledMortes causadas por uma simples discussão são consideradas de motivação fútil pela Justiça e representam 83% dos assassinatos na cidade de São Paulo.

Uma pesquisa feita na capital, quando ainda era permitido andar armado, avaliou os casos de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e tentativa de latrocínio. Entre as vítimas armadas, 27% conseguiram evitar o crime, 26% ficaram feridas e 46% foram mortas.

Em Brasília, uma audiência pública na Câmara dos Deputados discute a revogação do Estatuto do Desarmamento. Se essa lei for aprovada, vai ficar mais fácil comprar armas no Brasil.

Quem é a favor da revogação do estatuto, acredita que o cidadão deve se defender. “Nós queremos que o cidadão de bem possa estar armado e que possa se defender”, diz o deputado delegado Eder Mauro (PSD/PA).

Quem é contra, justifica com pesquisas sobre a violência. “Está comprovado cientificamente por estudos sérios, de que a arma aumenta a violência”, afirma José Sarney Filho (PV/MA).

Hoje uma pessoa pode ter seis armas e comprar 50 munições por ano para cada arma. Pela nova proposta, continua igual. A idade mínima para comprar uma arma, que é de 25 anos, baixa para 21. O registro da arma, que hoje vale por três anos, teria validade permanente e a licença para o porte, que é o direito de andar com a arma carregada, e que hoje é restrita a algumas categorias, será dada para quem comprovar aptidão técnica e psicológica.

A licença poderá ser dada até para quem estiver sendo investigado por crimes contra a vida.

As propostas são do deputado Laudívio Carvalho e deverão ser votadas nesta semana. Se elas forem aprovadas, o projeto que muda o Estatuto do Desarmamento segue para votação na Câmara e Senado.

Segundo o Instituto Sou da Paz, 11 dos 54 deputados da comissão que discute o fim do estatuto receberam R$ 825 mil da indústria da arma para suas campanhas, em 2010 e 2014.

O mapa da violência mostra que, anualmente, morrem cerca de 40 mil pessoas vítimas de arma de fogo no Brasil. Em média, 116 por dia.

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