13 de maio de 2015

SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE PROPÕE FUNDO PARA SAÚDE DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CAICÓ

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, disse nesta terça-feira (12), na Câmara Municipal de Caícó, região Seridó do Rio Grande do Norte, que se incluía ativamente em todo esse processo de sofrimento que em qualquer momento possa a população passar. “Nós somos solidários, não porque somos secretário de Saúde, mas porque isso é de nosso perfil”. Ricardo Lagreca afirmou isso ao falar sobre a situação de desabastecimento de insumos e medicamentos que passa o Hospital Regional de Caícó.


Lagreca disse que há muito tempo que o Estado vem tendo dificuldades em pagar as suas dívidas e na Saúde não é diferente. “Isso vai gerando situações de dívidas. 2012, 2013, 2014, restos a pagar. Isso gera o quê nos fornecedores? Falta de credibilidade nos governos. Então esta situação foi se acumulando”.

De acordo com o secretário, “havia um processo de licitação normal, eletrônico, a melhor forma de licitação. Mas por conta desse paço inicial 50% não foi atendido, que se agregou a outros paços, como por exemplo os empenhos foram cancelados por conta do aumento do dólar. Nós procuramos outra alternativa, ou seja, carona – uma licitação que já houve em qualquer lugar do país. Não aceitaram. Então a alternativa falhou e aí está o resultado do desabastecimento”.


Ricardo Lagreca ressaltou então que a Sesap teve que partir para a terceira alternativa. Segundo ele, foram feitas dispensas. “Fundamentei bem as dispensas no valor de R$ 4 milhões para a compra de medicamentos, e ela já começou a funcionar com os hospitais sendo abastecidos. Ela vai viver por três meses, com o que está sendo comprado. Esse processo será continuado e, segundo o governador, há uma tendência a que as finanças do Estado melhorem. Então não haverá possibilidade de uma recaída. Essa é a razão da nossa situação de desabastecimento. Nós não temos o que esconder, essa é a realidade. Nós vamos trabalhar para que isso não volte mais a acontecer”, enfatizou.

Após fazer uma pequena explanação sobre os problemas da falta de medicamentos, Ricardo Lagreca apresentou uma proposta a ser encaminhada aos parlamentares do Rio Grande do Norte.


A verba de custeio que a Saúde tem mal dar para custear a Saúde. E não dá para investir, e nós temos que investir numa forma de cogestão com os municípios. Dentro do nosso programa de regionalização nós estamos projetando os hospitais essenciais ou estratégicos. Um hospital desse custa R$ 200 mil por mês. Depois uma outra coisa que está em nosso plano, é o Hospital Terciário. O doente com tumor cerebral, o doente do coração, o doente obeso, o doente urológico, que não era para estar no Walfredo Gurgel está lá misturado com o trauma. Então é este hospital que a gente está lutando intensamente para ter. Neste hospital terciário nós vamos botar gestante de alto risco lá. Essa é uma das grandes metas que nós temos em conjunto com as outras. Nós queremos também apoiar muitos os municípios com a atenção básica. Nós vamos fazer isso”, disse.


Disse Lagreca que “o Estado gasta cerca de 78% do seu orçamento com pessoal. Sobra 22% para ele fazer o custeio para a compra de insumos, etc, etc. O que é que resta a fazer? Resta essa grande união com os nossos parlamentares, federais e estaduais. Um com a parte de investimento e outro com a parte de custeio. Estamos propondo um fundo de investimentos com as emendas parlamentares. Não dá para fragmentar, vamos deixar a emenda inteira e aí ela vai poder atender tudo o que é necessário para os hospitais de Caicó, Pau dos Ferros e de todas as regiões do Estado. Aquela emenda teria o carimbo do parlamentar para que fosse destinada ao fundo”.

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