22 de março de 2015

JOVEM É AGREDIDO E LEVA 36 PONTOS APÓS DISCUSSÃO POR SILÊNCIO EM AULA

Um estudante publicidade e propaganda de 23 anos foi agredido pelo namorado de uma colega de sala dentro do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), em São Carlos (SP), na noite de sexta-feira (20), após uma discussão por silêncio em uma aula. O rapaz, que é homossexual, levou 36 pontos no rosto por conta das agressões. Ele registrou boletim de ocorrência e considera o caso como homofobia, pois foi chamado de 'viado' pelo agressor e sua namorada. A faculdade condenou o ato de violência e informou que está tomando as devidas providências no caso.

Rapaz postou fotos do rosto machucado após agressão na Unicep em São Carlos (Foto: Antonio Carlos Archibald/ Arquivo Pessoal)

Segundo o estudante Antonio Carlos Archibald, o caso aconteceu por volta das 20h. Durante uma aula, ele explicou que pediu para uma colega parar de conversar, pois estava atrapalhando. “Ela continuou e após um tempo pedi novamente, fui mais grosso e ela se irritou e começou a discutir, fazer um escândalo. Me chamou de viado e eu a xinguei também”, disse.

Durante a discussão, o rapaz disse que foi agredido no rosto e revidou empurrando a jovem, que caiu. “Outros alunos sentiram as dores dela e queriam me agredir, só que o professor interferiu e eu fui embora para casa”, relatou.

Em casa, ele disse que recebeu uma ligação da universidade pedindo para que ele voltasse, já que a jovem teria se arrependido e estava com a coordenadora do curso para que conversassem e ela pedisse desculpas. “Antes deu chegar à coordenação, três rapazes, que também estudam na Unicep, me esperavam na minha sala, entre eles o namorado da menina. Fui me aproximando, eles chegaram em mim e o namorado dela atirou minha cabeça contra a parede da faculdade, que é feita toda em vidro. Me chamou de viado e um monte de coisa, enquanto os dois amigos dele me cercavam para eu não ter como fugir”, disse.

O rapaz disse que não revidou às agressões porque não gosta de brigas. Em seguida, eles fugiram e não foram encontrados. “A coordenadora do curso me acompanhou até o hospital. Meus pais estão em choque e minha mãe só chora porque poderia ter sido pior”, explicou.

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