
Detentos da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na região central do Paraná, iniciaram uma rebelião no fim da manhã desta segunda-feira (13). Segundo a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná e o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), 12 agentes são feitos reféns. A princípio, a Seju havia informado que oito agentes penitenciários eram reféns. Entretanto, a informação foi atualizada às 16h.
Também por volta das 16h, a Seju informou que 160 presos são reféns, além dos 12 agentes penitenciários. Ainda de acordo com a pasta, dez presos que participaram da rebelião em Cascavel, em agosto, que resultou na morte de cinco detentos, foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Guarapuava. A Seju não soube informar se, entre os rebelados de Guarapuava, estão os transferidos de Cascavel.
“Essa rebelião é isolada, não tem qualquer vinculação com outra unidade prisional ou PCC [Primeiro Comando da Capital] ou outro tipo de grupo [facção criminosa]”, afirmou o tenente da Polícia Militar (PM) Fábio Zarpellon. O tenente garantiu que os 12 agentes reféns passam bem. De acordo com ele, as negociações devem durar toda a noite.
“Os presos reclamam da administração da penitenciária, como comida e acomodações”, disse o tenente. Ele também relatou que os rebelados pedem por um celular. “Será verificada a possibilidade pela equipe de negociação”.
No fim da tarde, o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, que saiu de Curitiba e foi até Guarapuava, começou a negociar com os rebelados, conforme a Seju. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM também participa da negociação.
Dos presos atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), cinco foram encaminhados a hospitais da cidade. O médico do Samu Rafael Brito disse que quatro detentos tiveram ferimentos leves, enquanto um teve traumatismo craniano moderado.
Um preso foi jogado de cima do prédio e foi socorrido. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos cinco pessoas caíram do telhado. Porém, a PM não soube informar se elas se jogaram ou foram empurradas. Segundo o tenente Fábio Zarpellon, os detentos que caíram do telhado são os que ficam isolados dos demais por terem cometido crimes sexuais.
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