5 de fevereiro de 2011

NOSSOS VALORES! POETA AGRICULTOR JARDINENSE LANÇA LIVRO DE POESIAS

Mesmo com suas limitações, como bem é por ele frisado em sua biografia, já que cursou só até a 5ª série por causa do trabalho na agricultura, o poeta Jardinense, Adeilson Lúcio de Azevedo, Filho de Severino José de Azevedo (Tio Siíno), e Josefa Generinda de Azevedo, (Tia Nega), realizou seu grande sonho, lançando seu livro de poesias.

Adeilson sempre teve vocação e dom para fazer poesias, e ainda muito novo fez seu primeiro poema, intitulado “Casa Velha Abandonada”, referindo-se a casa do seu avô, Antônio Galdino de Azevedo, (meu bisavô), que foi a primeira casa do Sítio Currais Novos, hoje Povoado Currais Novos.


“casa velha abandonada”


Eu um dia viajando
Encontrei um casarão
O batente Velho acabado
As paredes cor de carvão.
Fiquei olhando pra dentro
Só porque andava a sós
Não ouvi fala não ouvi voz
Ali me veio a lembrança
Que aquilo era uma herança
Do tempo dos meus avós.

Ali resolvi entrar
Mas quando cheguei no batente
Só encontrei foi poeira
Em toda sala da frente.
Não vi um rastro de gente
Que fizesse uma defesa
Que pensei tenho certeza
Casa velha abandonada
Tu fostes tão animada
Mas hoje só há tristeza.

Entrei no quarto de centro
Onde dormia as donzelas
Sonhado com seus amores
Quantas micinhas tão belas.
Não restava nada delas
Nem uma veste eu pude ver
Casarão eu quis dizer
Que no momento tão profundo
Enquanto eu viver no mundo
Não entro mais em você.

Entrei na sala de jantar
Do jantar tão divertido
Nem a mesa mais restava
Tava tudo destruído.
O cupim tinha.
Não tinha mais o fogão
Só vi a mão de pilão
Fiquei tão penalizado
Que fiquei ali parado
E as lágrimas pingando o chão.

Dali avistei o lajedo
Tão bruto como ele só
Onde ali existia
As caçadas de mocó
Avistei o preto pó.
Lá no lugar da fogueira
Que fumegante e ligeira
Formava seu brasião
Nas noitadas de São João
Que era festa a noite inteira.

Dali resolvi sair
Com o coração partido
Me arrependi por mil vezes
Naquele lugar ter ido.
Parei quase sem sentido
Ainda olhei pra cratera
Casa tai linda que era
De tanto amor risos e louvores
Quem foi um jardim de flores
Hoje resta uma tapera.

Do Blog: Parabenizo o primo e amigo Adeilson pelo seu livro de poesias!


7 comentários:

  1. parabéns ao tio pelo bonito trabalho!!! é cultura popular pura, advinda de um talento nato.

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  2. Parabéns pelo trabalho! esse sim merece aplausos, gostaria de saber se o livro está disponível para venda.Beethovem

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  3. parabéns seu Adeilson isso é raro hj em dia ,mas aqui em Jardim está de parabéns por esses exemplos bons q temos na nossa querida terrinha...!!!e lembrando Amazan outro poeta nato ta vindo aí em 2012 não é? Amazan 2012.júnior de maria ralo

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  4. Parabéns pela poesia. É uma leitura emocionante.

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  5. O talento de Seu Adeilson apareceu com todo seu brilho nesta jóia da pura cultura popular seridoense. Fez-me lembrar dos meus tempos de São Roque de Cima, da casa velha e do nosso rachinho coberto de palha em que morei nos anos 60... E que não existem mais!

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  6. Desde criança, quando aluno do Grupo Escolar da Comunidade Currais Novos, esse artista já demonstrava a capacidade de raciocínio lógico, o que causava admiração aos seus professores. Após muitos anos, esse talento ainda perdura, como provam seus versos.
    Parabéns, Adeilson

    Manoel Múcio

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  7. Muito boa a poesia. Ando procurando uma de mesmo nome que meu pai declamava quando eu era menino. Na mesma linha dessa, lembro de um verso que falava que "até mesmo os bacuraus" se assustam com a "sombra dos teus paus". Descreve a porteira, etc. Alguém conhece?? (robsonbsales@ig.com.br)

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