TIROS CONTRA CARRO DE FUNCIONÁRIO DA PETROBRÁS NO SERIDÓ FORAM DADOS POR PM

O comando da III Companhia Independente de Polícia Militar chegou ao autor dos disparos efetuados no último sábado durante uma perseguição a um casal numa aparente tentativa de assalto. O autor dos disparos é, na verdade, um policial militar, atualmente cedido à delegacia de Polícia Civil de Currais Novos.

O soldado Ivanildo Ferreira da Silva estava à paisana e não estava em serviço na ocasião. Ele afirmou ao comando da III CIPM que achou os ocupantes do veículo suspeitos, e então abordou o condutor, o funcionário da Petrobrás Rossini Alves Vieira, 49 anos, e a esposa, Fátima Maria Silva Vieira, 46, mandando-os parar o carro e descer. Uma vez que o cidadão não parou por achar se tratar de uma tentativa de assalto, o policial passou a perseguir o casal pelas ruas da cidade disparando vários tiros durante o trajeto.

O capitão da III Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Walmary Costa (foto), contou que chegou até o policial através do depoimento de testemunhas que reconheceram o soldado, além do tipo de arma usada, uma ponto40, que é de uso restrito da Polícia Militar e das Forças Armadas. A polícia recolheu vinte cápsulas somente na rua da III CIPM. A arma utilizada na abordagem pertence à Secretaria de Segurança Pública do RN.

Como agravante da postura do soldado, ainda há o fato de, no momento da perseguição, haver um menor no veículo que o militar dirigia. A polícia ainda investiga a suspeita de que o soldado estava alcoolizado. “Ele colocou em risco a vida de dois cidadãos, que tinham o direito de estar passeando em sua cidade; a vida de outros cidadãos que poderiam ter sido atingidos pela grande quantidade de disparos efetuados pelas ruas da cidade de um carro em alta velocidade; além da vida dele, pois a guarnição da III CIPM ainda saiu em perseguição sem se dar conta de quem se tratava”, ressaltou o capitão Costa.

Ele explicou que o soldado vai responder a inquérito policial na Delegacia de Polícia Civil e a uma sindicância na Polícia Militar, de onde poderá sofrer a punição máxima. “Vamos apurar com isenção, como fizemos com todos os casos que apareceram até agora. Não passo a mão na cabeça de ninguém”, afirmou o capitão.

Fonte e foto: Diário de Natal