Os evangélicos não estão divididos, continuam seguido os mesmos
preceitos, como ser contrário ao aborto, por exemplo. Contudo, o grupo
político que o representa e tem boa parte dos seus votos, sim. E a
situação piorou (mas não começou) na segunda-feira, 9, quando o deputado
estadual Albert Dickson (PROS) anunciou que vai apoiar a reeleição do
governador Robinson Faria (PSD), enquanto o outro líder-político
evangélico, Antônio Jácome, será candidato ao Senado na chapa encabeçada
pelo ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT).
Esse racha
não começou na segunda, conforme Albert Dickson deixou claro em
entrevista nesta terça-feira, 10, a rádio 98 FM. Citando o deputado
estadual Jacó Jácome, filho de Antônio, mas filiado ao PSD, partido do
governador, Albert relembrou que o parlamentar jamais esteve com o pai,
então, não há porque falar que foi o próprio Albert teria sido o
responsável por essa separação política entre os evangélicos. “O filho
está com Robinson e o pai está do outro lado. Tem que começar da própria
‘casa’ (deles) a união do segmento”, alfinetou.
De qualquer forma,
o fato é que, há duas semanas, estavam no grupo de Carlos Eduardo os
evangélicos Antônio Jácome, deputado federal e pré-candidato ao Senado;
Albert Dickson, estadual pré-candidato à reeleição; e Carla Dickson,
vereadora e mulher de Albert, pré-candidata a federal. O acordo que
teria permitido essa união teria sido em torno, exclusivamente, da
candidatura de Antônio ao senado: Albert votaria nele, enquanto
receberia o apoio dele para a candidatura da mulher, Carla.
Agora,
com o anúncio de que Albert vai para o grupo de Robinson, comenta-se
que Antônio já estaria disposto a rever o acerto e lançar outro nome
para ficar com os votos que teve em 2014 para a Câmara dos Deputados. Os
mais cotados são os vereadores Eriko Jácome (Natal); Pastor Edmílson
(São Gonçalo do Amarante) e Thiago Cartaxo (Parnamirim), mas nada está
definido.
Albert se defende dizendo que jamais garantiu ou incluiu
no acordo o voto em Carlos Eduardo. No evento que foi do grupo do
ex-prefeito do PDT, inclusive, Albert alegou isso e disse ter ouvido de
Antônio Jácome que não havia problema, mas era importante, mesmo assim,
ir.
Albert Dickson foi, ouviu vários discursos ressaltando a união
evangélica em torno de Carlos Eduardo e, logo depois, comunicou, por
meio de nota, que não estava fechado com eles. Nesta terça, anunciou que
caminhará na coligação de Robinson, que, segundo ele, teve seus erros,
mas “tem se demostrado, não talvez capaz, mas com a intenção de
melhorar”.
E mais: a divisão, que já acontece para o Governo, pode
ser levada também para o Senado, caso Antônio Jácome confirme o
rompimento do acordo para a candidatura de Carla Dickson para a Câmara
dos Deputados. “Não decidido nada sozinho, mas se confirmando isso aí
vou levar isso para o nosso grupo e decidir”, afirmou Albert.
Nenhum comentário:
Postar um comentário