As mudanças no
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, os principais
pontos questionados por parlamentares na proposta de reforma da Previdência
Social do governo Bolsonaro, gerariam uma economia de R$ 127,2 bilhões nos
próximos dez anos.
A previsão está em
estudo que serviu de base para a proposta de reforma em tramitação no Congresso
e que foi tornado público pelo governo nesta quinta-feira (25). O Ministério da
Economia estava restringindo o acesso a esses dados, o que gerou críticas, e só
liberou a divulgação após apelos de políticos.
Os R$ 127,2 bilhões de
economia previstos com as mudanças no BPC e aposentadoria rural equivalem a 10%
da economia total estimada pelo governo caso o texto da reforma da Previdência
seja aprovado conforme enviado ao Congresso, que, de acordo com o documento
divulgado nesta quinta, seria de R$ 1,236 trilhão também em 10 anos.
Em fevereiro, quando o
governo entregou a proposta ao Congresso, a previsão de economia era
um pouco menor, de R$ 1,16 trilhão.
De acordo com o
secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, a mudança
na economia total estimada foi motivada por uma alteração no período de
cálculo, que, antes, era de 2019 a 2028, e passou a ser de 2020 a 2029.
"Chegamos à conclusão que não era adequada a forma como tínhamos feito
antes", declarou.
Os dados da equipe
econômica mostram que, se a reforma for aprovada sem as mudanças no BPC e na
aposentadoria rural, a economia prevista para os próximos dez anos cairia de R$
1,236 trilhão para R$ 1,108 trilhão.
As mudanças no BPC e
aposentadoria rural geraram críticas ao governo e a retirada delas do texto tem
amplo apoio no Congresso e entre governadores. No fim de março, líderes de 13
partidos manifestaram apoio à aprovação da reforma da Previdência, mas defenderam a
retirada de alterações no BPC, pago a idosos de baixa renda, e na aposentadoria
rural.
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