Condenado na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da 
Silva completa nesta segunda-feira, (16), 100 dias preso na sede da Polícia Federal, em 
Curitiba. Mais magro do que estava quando chegou de helicóptero, na 
noite de 7 de abril, o petista ainda dita as estratégias e os passos do 
partido e de seus principais aliados na campanha presidencial. E mantém o
 PT imobilizado na definição de uma alternativa eleitoral.
As 
vésperas da convenção partidária e a um mês do prazo final para o 
registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o prazo
 é 15 de agosto -, o mais importante preso da Lava Jato transformou sua 
“cela” em comitê político e eleitoral, numa espécie de campanha via 
porta-vozes.
Desde que foram autorizadas as visitas especiais de 
amigos, o ex-presidente já esteve com 16 pessoas em 11 datas distintas. A
 presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, é quem mais visitou o 
ex-presidente. É ela a responsável por avisar o partido, governadores e 
líderes políticos sobre as decisões de Lula – que, segundo a sigla, tem a
 palavra final.
Nesta semana, o ex-prefeito de São Paulo Fernando 
Haddad esteve com o ex-presidente pela primeira vez como advogado com 
procuração para atuar no processo da execução penal. Coordenador do 
programa de governo do PT e apontado como possível ” plano B” do 
partido, Haddad havia estado com Lula em sua cela duas vezes, desde que 
foram liberadas pela Justiça visitas de amigos nas quintas-feiras, pelo 
período de uma hora. Como advogado, o petista pode agora ver o 
ex-presidente em qualquer dia da semana
A intenção do grupo 
diretamente ligado a Lula é arrastar até o momento final a definição da 
candidatura e tentar reverter a situação em benefício eleitoral para o 
nome que for escolhido como candidato do partido, já que Lula está 
potencialmente impedido de concorrer com base na Lei da Ficha Limpa.
O
 PT avalia que o bom desempenho do ex-presidente nas pesquisas, mesmo 
depois de preso, é um trunfo eleitoral importante para as composições 
estaduais. E assim, busca manter Lula candidato durante o máximo de 
tempo possível e fazer a troca só depois que a Justiça decidir se aceita
 o registro da candidatura.
Lula acompanha o cenário eleitoral e 
político do País pelos canais da TV aberta – que assiste boa parte dos 
dias – e pelos relatos de amigos, familiares e advogados.
Do Blog: Só no Brasil mesmo! O cara está preso por corrupção, e ainda aparece em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.  

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