O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que
está preso pela
Operação Lava Jato desde abril do ano passado em Curitiba, prestou
depoimento na Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (5).
Como Lula está detido em uma sala especial na PF,
não precisou de deslocamento para a oitiva, que começou por volta das 9h e
terminou pouco antes das 11h. O petista ficou em silêncio, conforme informou a
PF.
"Ninguém é obrigado a depor sobre um processo
sigiloso, sobre documentos ocultos. E é isso que a defesa está buscando, a
defesa está buscando exercer um direito, o direito de ter acesso a uma
investigação antes que o ex-presidente venha prestar depoimentos", afirmou
o Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, ao sair da PF.
O advogado deixou claro que a defesa não teve
acesso aos autos do inquérito e, por isso, o ex-presidente ficou em silêncio.
O fato de a defesa não ter tido acesso aos
documentos já foi motivo para que a oitiva fosse adiada. Contudo, de acordo com
Zanin, a defesa ainda não teve esse acesso à íntegra das investigações.
"O
ex-presidente é o maior interessado em esclarecer a verdade dos fatos, mas a
defesa não pode abrir mão de uma garantia constitucional que é a de conhecer a
íntegra do processo antes que ele vá prestar um depoimento", disse Zanin.
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