26 de março de 2013

SOLO CEDE E CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO EM PONTA NEGRA AMEAÇA CAIR

Noventa e nove mil reais. O preço de um flat no conjunto Alagamar, em Ponta Negra, zona Sul de Natal, não é de causar espanto pelo histórico que o local tem de especulação imobiliária, mas deixa de fazer sentido quando, ainda em construção, o futuro imóvel já apresenta risco de desabamento. Ontem por volta das 16h, o solo de um flat em construção cedeu, deixando o prédio inclinado e com os tijolos na iminência de cair.

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Ao fazer vistoria no local, o Corpo de Bombeiros resolveu interditar não só o local, como também as casas que faziam divisa com o prédio. De acordo com o tenente Glaydson, do Corpo de Bombeiros, a interdição foi necessária porque o prédio corre o risco de desabamento e de afetar a vizinhança. “Obviamente interditamos de forma imediata o prédio. O segundo passo foi interditar as três casas vizinhas, as duas laterais e a de trás, que fica na outra rua”, disse.

 
Durante a inspeção no interior do prédio, que fica na avenida Estrela do Mar, foi possível ouvir tremores, fazendo com que os bombeiros e parte da imprensa que estava lá corresse rapidamente para fora do empreendimento. De acordo com alguns vizinhos do prédio, a obra tinha sido embargada várias vezes e que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Norte (CREA-RN) já fez algumas notificações no local, apesar de não estar lá no momento da caída do solo.

As pessoas que saíram de suas casas estavam na dúvida onde iriam passar a noite, bem como o resto dos dias. Ana Maria Freire, uma senhora que se balançava com sua cadeira no meio da rua queria saber como a situação iria se resolver. “Os bombeiros me pediram para sair o mais rápido possível da minha casa dizendo que estava sob risco do prédio ao lado cair”, disse. Segundo a moradora da casa que fica a esquerda do prédio, uma vez os pedreiros trabalhavam sem equipamentos necessários e que um martelo caiu e quebrou o piso de sua casa.

Enquanto a interdição acontecia, os moradores que tiveram suas casas interditadas buscavam um posicionamento da empresa CRAL Construções e Empreendimentos, mas representante algum esteve no local.  Segundo o tenente Glaydson, além do auto de interdição foi feita uma certidão de ocorrência sobre o fato. O tenente do Corpo de Bombeiros também confirmou que falou com um dos representantes da empresa, afirmando ter onde colocar as pessoas que tiveram suas casas interditadas.

Quem será a porta-voz dos moradores é a vizinha e advogada Jucélia Basílio. Segundo ela, a interdição brusca requer solução imediata para o caso. “Primeiro temos que acomodar as pessoas em outros lugares, depois vamos buscar um acordo a partir de laudo técnico”, disse. A advogada defende a derrubada do prédio e talvez até das casas ao redor para se pensar numa indenização

Fonte e foto: Tribuna do norte.

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