Vereador pelo município de Parnamirim, Diogo Rodrigues (PSD)
pediu afastamento do mandato na Câmara Municipal por 120 dias, alegando motivos
de saúde.
Investigado por fraudes no Sistema Único de Saúde, o
parlamentar usa tornozeleira eletrônica e havia retomado ao cargo legislativo
no último dia 2 de agosto, após autorização da Justiça.
O vereador publicou uma nota nas redes sociais, nesta
terça-feira (9). Na mensagem, ele afirma que precisa focar na saúde e fica
incompatível, no momento, voltar às atividades parlamentares.
A Câmara Municipal de Parnamirim disse, por meio de sua
assessoria, que foi informada da decisão do vereador e que o suplente César Maia,
deverá reassumir o mandato.
Diogo e outras sete pessoas se tornaram réus em processos
que resultaram da operação Fura-fila, deflagrada pelo Ministério Público em
2020. No ano seguinte, em abril, o parlamentar foi preso em sua residência.
Ele é suspeito de encabeçar um suposto esquema de fraudes no
sistema de marcação de consultas e exames do SUS. O vereador ficou preso
durante nove meses e retornou às suas atividades após o encerramento do período
de afastamento.
O parlamentar utiliza tornozeleira eletrônica por decisão da
juíza Manoela Barbosa, da 2ª Vara de Parnamirim. O intuito da decisão é
garantir que o vereador não tenha nenhum contato com as pessoas envolvidas na
investigação, sejam testemunhas ou réus.
A Defesa do parlamentar, reforçou, na semana passada, que o
vereador não foi condenado. Os advogados destacam que as investigações estão na
fase de instrução processual para apurar as provas para que o julgamento seja
feito.