A Justiça do Rio Grande do Norte recebeu uma denúncia
oferecida pelo Ministério Público do Estado contra sete pessoas pelos crimes de
lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo é investigado na operação
Plata, deflagrada do dia 14 de fevereiro deste ano, e que investigou lavagem de
dinheiro do tráfico de drogas inclusive por meio de fazendas e igrejas.
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha movimentado mais
de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, rebanhos bovinos e até com o uso de
instituições religiosas. De acordo com a denúncia, os réus se associaram para
lavar o dinheiro através da aquisição e transmissão de imóveis, realização de
depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie.
A investigação realizada pelo MPRN revelou que
indivíduos com nenhuma ou quase nenhuma renda declarada movimentaram milhões de
reais, sem justificativa aparente.
Provas colhidas ainda apontariam que os envolvidos, em
grupos de WhatsApp, discutiam como manter um dos “negócios” ativo após a prisão
de um dos investigados por uso de documento falso.
Ainda segundo o MP, as operações financeiras tinham como
alvo o Rio Grande do Norte, mas envolviam agentes domiciliados em mais de um
terço dos estados do país.
A operação Plata cumpriu sete mandados de prisão e outros 43
de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, além dos estados de São Paulo,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e
ainda no Distrito Federal. Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento
dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e ainda 248 policiais.
No RN, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram
cumpridos nas cidades de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e
Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de
São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra;
em Brasília/DF, Fortaleza/CE, Balneário Camboriú/SC, Picuí/PB, Espinosa/MG e em
Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.