O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João
Vaccari Neto, duas mulheres que prestavam apoio ao partido e dois executivos da
Doris Engenharia viraram réus por corrupção e lavagem de dinheiro em um
processo oriundo da Operação Lava Jato.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita em
20 de agosto, mas a ação teve o sigilo retirado nesta quinta-feira (26). O
processo tramita na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, comandada pelo
juiz Luiz Antônio Bonat.
Segundo os procuradores, eles são acusados de desviar mais
de R$ 3 milhões de contratos de serviços de engenharia em navios plataforma da
Petrobas.
Além da condenação, o pedido do MPF inclui multa pelos
valores desviados e pelos danos causados à Petrobras e a solicitação de
bloqueio de bens de R$ 7,3 milhões.
Conforme a denúncia, os executivos da empresa - subsidiária
de um conglomerado francês - usaram um operador financeiro para pagar propinas
ao ex-gerente-executivo da Petrobras Pedro Barusco em troca da obtenção de contratos
de prestação de serviços de engenharia de oito navios plataforma da estatal de
mais de US$ 200 milhões.
Além do então gerente da estatal, segundo a denúncia,
Vaccari e o próprio operador financeiro, Zwi Skornicki, também foram
destinatários da propina.
O MPF aponta que o dinheiro desviado foi repassado
inicialmente pelo executivos da empresa de engenharia por meio de contrato
fictício com uma empresa de consultoria do operador financeiro, totalizando R$
3.658.500,13.
Depois, ainda de acordo com a denúncia, parte dos valores
foi transferida pelo operador ao gerente da Petrobras em depósito em conta
mantida na Suíça.
Segundo os procuradores, a propina destinada ao PT foi paga
mediante outro contrato fictício com uma empresa do Rio de Janeiro que era
controlada por duas irmãs associadas ao ex-tesoureiro.
Conforme a denúncia, foram identificadas 27 transferências
bancárias entre 2011 e 2014 para as contas dessas empresa, somando quase R$ 650
mil.
O operador financeiro do esquema e o ex-gerente da Petrobras
fecharam acordo de colaboração premiada com o MPF, confessaram os crimes
praticados e entregaram documentos comprobatórios.
Do Blog: E o "Chefão" de tudo é inocente! Engula essa!