O ministro Paulo Guedes, da Economia, afirmou na tarde desta
segunda-feira (23) que o governo não pretende prorrogar o auxílio emergencial,
concedido desde maio para desempregados e trabalhadores informais em razão da
pandemia do coronavírus.
Em evento virtual promovido por uma empresa de investimentos, o ministro
disse que há pressão política pela prorrogação e que a área econômica está
preparada para reagir "se houver uma segunda onda" da Covid-19.
Mas, para Guedes, a doença "cedeu" e "está descendo",
razão pela qual o auxílio não seria mais necessário porque, segundo afirmou, a
economia "está voltando forte".
"A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A
economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas
ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa
caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de
dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil [...].
Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença
cedeu bastante e a economia voltou com muita força", declarou.