Após a recomendação de auditores do Tribunal de Contas da União para a
devolução dos presentes recebidos por Jair Bolsonaro – durante o
exercício da presidência- a banca de advogados que o defende esclareceu
que ele “jamais teve qualquer ingerência no processo de
classificação de presentes a ele ofertados , sendo certo que tal
tratamento foi e continua sendo atribuição da Diretoria de Documentação
Histórica (DDH)”.
A nota também pede isonomia no tratamento dispensado a Bolsonaro e o atual presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
“A defesa salienta, ainda, que os mesmos critérios sobre
destinação de presentes devem ser adotados em relação a quaisquer ex
presidentes, observando, inclusive, que recentemente o Ministro
Alexandre de Moraes — atendendo a parecer da Procuradoria Geral da
República —, determinou o arquivamento de pedido de inclusão do atual
Presidente na mesma investigação, conta, igualmente, do recebimento, em
mandatos anteriores, de relógios de alto valor os quais, ao que foi
noticiado, sequer encontravam-se registrados no acervo presidencial”, detalha o documento.
E acrescenta: “Sendo evidente tratar-se de situação idêntica,
inclusive pela natureza dos bens, não poderá ser dado entendimento
diverso, quando a questão é tratada em relação ao Presidente Bolsonaro”.
Os advogados também destacaram que pediram que os bens ficassem acautelados no TCU, até final decisão daquela Corte de Contas.
A recomendação dos auditores ainda será avaliada pelo ministro do TCU, Augusto Nardes.