
Após passarem à noite em uma cela com ar-condicionado nesta quinta-feira (13) na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), o ex-governador, Sandoval Cardoso, e os outros 13 presos na Operação Ápia vão permanecer juntos em outra cela, conforme afirmou a Polícia Federal. Eles são suspeitos de integrar um esquema que desviou cerca de R$ 200 milhões de recursos federais em licitações.
Em entrevista à TV Anhanguera, o superintendente da PF, Arcelino Vieira, disse que não há problema dos suspeitos ficarem na mesma cela. "Todos já foram ouvidos e não deve atrapalhar. As provas foram colhidas. É uma cela que não tem acesso exterior e não tem contato com os demais presos da prisão. É um local com banheiro. Uma cela com segurança e com um certo conforto.", explicou.
Em relação a cela especial com ar-condicionado, à qual os 15 suspeitos ficaram de quinta-feira para esta sexta-feira, Vieira informou que não houve nenhuma regalia, pois todos foram para a única cela que estava disponível nesta quinta-feira. "Essa cela, como não tinha circulação de ar, tinha um aparelho de ar-condicionado, mas particularmente não observamos nenhuma regalia", afirmou.
Segundo a lei brasileira, a cela especial é um benefício para quem possui ensino superior, o que não é o caso, por exemplo, do ex-governador Sandoval Cardoso. Conforme consta no sistema do TSE, referente às eleições de 2014, ele possui apenas o ensino médio completo.
Um outro homem foi levado para uma cela do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar por ser um militar aposentado. O nome não foi divulgado.
A Secretaria de Estado de Cidadania e Justiça (Seciju), responsável pelo sistema prisional do Tocantins, disse que os presos foram chegando ao decorrer da noite e da madrugada, encaminhados pela Polícia Federal (PF), e "por questão operacional e de segurança, zelando pelas suas integridades físicas, foram colocados em uma cela adaptada."
Ainda segundo a Seciju, "essa cela é eventualmente utilizada para abrigar presos que chegam em horários inapropriados para acesso aos pavilhões, o que pode significar risco para a unidade. Essa medida foi necessária devido a cela destinada àqueles que aguardam audiência de custódia no Poder Judiciário estar em sua capacidade máxima."
Os presos permaneceram no local até a manhã desta sexta-feira (14), quando aos poucos começaram a deixar a CPPP para as audiências de custódia.
Até o momento, 15 pessoas já foram presas. Ao todo são 21 mandados de prisão temporária. Em relação aos seis que faltam, cinco são considerados foragidos e um está sob cuidados médicos em São Paulo.
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