Entre
outros agricultores de outras cidades do Seridó Potiguar, agricultores de
Jardim do Seridó foram mostrados na série de reportagens do portal da Globo
sobre a seca no RN. Os agricultores se destacaram na matéria que mostra as
alternativas para driblar a seca. Veja parte da matéria que mostra os
jardinenses:
Em
Jardim do Seridó, na região Seridó, uma barragem semelhante foi construída no
Sítio Recanto, terras do pecuarista José Antão do Nascimento, de 63 anos.
Também escavada em 2012, a barragem tem água armazenada porque lá as chuvas que
caíram em janeiro foram mais abundantes. "Choveu sim, mas não muito. Só
estou colhendo graças à barragem, senão tinha perdido tudo que plantei",
justificou.
José de Antão não planta para comer. O que ele tira da terra vira ração para os animais que cria. Além do milho, ele produz sorgo e capim forrageiro. "Isso aqui é minha vida. Plantando e colhendo, não penso em sair daqui nunca", afirmou.

Ainda em Jardim do Seridó, quem também está sorrindo à toa apesar da seca é Delson Diniz da Silva, de 53 anos. Ele é mais um beneficiado com a barragem subterrânea. Além da água da chuva, a construção que ele mantém no Sítio Pedras Pretas também represa a água que vem de um açude. "É um tipo de barramento ainda melhor. Ajuda a segurar a água da chuva, que infiltra na terra, e ainda armazena a água que naturalmente escorre do açude e que fatalmente seria desperdiçada. Aqui, a barragem subterrânea potencializou em dobro as terras dele", ressaltou o técnico da Emater Osenaldo dos Santos, que é assessor regional de Convivência com o Semiárido.
"A barragem foi construída em 2014. E agora estou colhendo os frutos desse projeto. Graças a Deus está dando tudo certo. Aqui plantamos feijão, milho, batata doce e melancia. E também tem capim para os animais", listou Delson.

"O projeto das barragens subterrâneas nasceu em 2008, mas a grande maioria delas foi implantada em 2012, já no primeiro ano dessa estiagem braba pela qual estamos passando. E ainda estamos na fase de implantação. Com a colheita deste ano, é que poderemos fazer uma avaliação do projeto. Até o final do ano teremos uma análise completa dos resultados. Mas, a princípio, já podemos garantir que vem dando muito certo para muitos agricultores, que estão conseguindo conviver som a seca. É a cultura da subsistência sobrevivendo", pontuou Osenaldo.
A chuva é uma das maiores riquezas, senão a maior preciosidade do sertanejo. No entanto, as águas que caem do céu não trazem apenas alegrias. "Se não cuidarmos bem da terra, a chuva pode degradar o terreno e causar erosões irreversíveis. Isso acontece quando a água escorre sobre o solo desprotegido, sem vegetação, e leva embora todo o material orgânico. O resultado é devastador porque só ficam os sedimentos das rochas, material que é infértil, e a terra que escorre com a força da água ainda assoreia rios e açudes”, explicou Nilton Oliveira, técnico em agropecuária da Emater.
Também foi matéria do INTERTV RURAL
ResponderExcluirE apenas umas das ações desenvolvidas pela EMATER no Município de Jardim do Seridó .
ResponderExcluirTecnologia das barragens subterrâneas ajuda vida do homem do campo no interior potiguar
ResponderExcluirPARA ASSISTIR O VÍDEO E SÓ ENTRAR NO g1.globo.com
10 de jul de 2016